sábado, 26 de novembro de 2011

Educação Ambiental - alguns textos

Apenas Um Comentário...


O texto Recordando de Molly Young Brown e Joanna Macy, trata das atitudes humanas como porta de entrada para uma nova sociedade, ou seja, um mundo que vise nossa alto conservação de acordo com as necessidades da natureza, pois somos a natureza. Homem/Terra são a mesma coisa, e partindo desta idéia concreta de um Eu ecológico presente em cada ação e pensamento estaremos prontos para dar a “Grande Virada”, rumo a sustentabilidade.
Por meio de uma narrativa reflexiva e relaxante, os chamados “Exercícios de Reconexão”, entramos em contato com vivências na qual pessoas passam a resgatar memórias evolutivas, e começam a sentir, a ter lembranças de outros seres. É uma “sensação de conexão com o pulso da vida em todos os seres ao longo do tempo”.
É fácil fazer uma relação entre o texto Transpondo os abismos entre as espécies de Stanislav Grof e o de Joanna Macy, pois os dois se referem a necessidade atual que o homem tem de resgatar sua consciência de que é parte inerente da natureza e com isso, poderá rever todas as suas ações.
O texto de Stanislav é a narrativa de certos casos da chamada respiração Holotrópica. A partir dela, pessoas entraram em estados de consciência alterada, e reviveram momentos inesquecíveis da vida de seres, como por exemplo: baleias, árvores, etc. Então, estas pessoas começaram a sentir que a árvore também é um ser vivo, como o homem e por isso deve ser respeitada como tal.
Outro texto fascinante é o de Molly Young Brown e Joanna Macy, intitulado Teoria Gaia, nele as duas definem o que seria Teoria de Gaia, associando-a com a Ecologia Profunda e com a emergência de um Eu Ecológico em nossos dias.
A Grande Virada seria como uma tomada de consciência, em que cada indivíduo passa a se sentir parte da natureza, ou seja, “Sou parte da floresta tropical e me protejo. Sou a parte da floresta tropical que acabou de desfrutar do pensamento”. Esta mudança segundo as autoras é uma mudança espiritual (ecologia profunda), é uma volta a nossa natureza que se perdeu durante muito tempo e que hoje precisa retornar.
Cuidar da natureza, não significa “mero dever”, mas um cuidado necessário, a solicitação de um Eu Ecológico que flui naturalmente e ”se amplia e se aprofunda a ponto de sentir a proteção da natureza livre, concebida como a proteção de nós mesmos”.

Texto produzido em 2010 por Karoline Santos Gomes

Ensaios em Minha Vida

Como estudar filosofia?

Estudar filosofia é a forma de aprendermos um método reflexivo de pensar e articular de maneira clara e objetiva questões importantes, problemas filosóficos, mesmo adentrar mais profundamente as idéias atuais e aprender a filosofar por si próprio.
No estudo da filosofia além de aprender a história da filosofia o seu foco será fazer com que o aluno aprenda não em que pensar, mas como pensar. E saber pensar para a filosofia se refere, em saber examinar criticamente os problemas filosóficos. O trabalho do filósofo é explorar cada questão minuciosamente para em seguida poder formar um conceito. Para que esse trabalho seja bem sucedido é necessário que se adote uma metodologia de leitura onde o aluno faça dela seu instrumento de trabalho.
A metodologia com que a filosofia trabalha é aplicável independentemente de época ou lugar, tanto na leitura de livros quanto na da realidade atual. Ela é um caminho a ser seguido que requer esforço e dedicação por parte do aluno, reflexões por meio de pesquisas sistemáticas e a procura constante de um melhor e mais exato entendimento da realidade.
Através do processo analítico do estudo filosófico, nossa capacidade de argumentação e construção de um raciocínio lógico torna-se constante, adquirimos capacidade de construir e articular argumentos convincentes e passamos a identificar e avaliar pontos fortes e fracos de cada questão, até as questões mais simples onde em nosso dia-a-dia não as percebemos somos, levados a analisá-las.
Aprender a identificar os sistemas filosóficos e reconstruí-los são qualidades que adquirimos no estudo da filosofia. Todas essas capacidades valorizam o pensamento e a vida do homem, onde este é instruído e motivado a investigar o mundo em que vive e as várias concepções filosóficas, podendo em seguida gerar suas próprias opiniões, pois que na filosofia existem vários pontos de vista. Mas quando o homem se põe a filosofar seus argumentos não se esgotam apenas nesses conceitos, ele continua trabalhando e refletindo reconsiderando e analisando esses dados disponíveis já que levará em consideração o espaço e o tempo em que vive. E como dizia o filósofo Kant: “Não há filosofia que se possa aprender; só se aprende a filosofar.”

Ensaio produzido no ano 2009 por Karoline Santos Gomes

sábado, 24 de setembro de 2011

Filme "O óleo de Lorenzo" | Cine Penso



Ficha Técnica
Um filme de Kennedy Miller
Direção: George Miller
Elenco: Nick Nolte, Susan Sarandon e Peter Ustinov
1992

Sinopse
Um casal descobre que seu único filho possui uma doença rara (ALD) e a partir desse momento eles travam uma verdadeira batalha pela vida. Apesar de todos os médicos dizerem que não há cura, eles jamais desistem de salvar seu filho, chegando a desafiar a própria ciência. Assim, é descoberto o óleo de Lorenzo, permitindo que muitas crianças vivam hoje normalmente. (História baseada em fatos reais)

Principais Ideias
Perseverança, otimismo, compaixão, companheirismo, coragem, ética
Uma ideia importante que pode discutida no filme, é de que a ciência não é um saber absoluto. Os pais de Lorenzo ousaram buscando a cura da doença do filho e sempre arriscando até contra a vontade dos médicos por meio das dietas e remédios  alcançaram a tão sonhada cura.

No campo filosófico podemos trabalhar a importância do questionamento, da investigação e que nem sempre devemos encarar uma verdade como absoluta.
Nas ciências ou biologia, fica evidente a questão da bioética.

Nos perguntamos: Aqueles médicos tinham o direito de impedir que os pais de Lorenzo buscassem outras alternativas de tratamento?
A medicina, a ciência é a dona da verdade?
Também podemos questionar: A luta incansável daqueles pais pela vida de seu filho pode ser considerada certa?
Afinal o que é certo ou errado, quando uma vida está em jogo?

Cine Penso


Ao mestre, com carinho
Sinopse
Um jovem professor enfrenta alunos indisciplinados, neste clássico que refletia alguns dos problemas e medos dos adolescentes dos anos 60. Sidney Poitier, no papel que o imortalizou como Mark Thackeray, é um engenheiro desempregado que resolve dar aulas em Londres no bairro operário de East End. A classe liderada por Denham (Christian Roberts) Pamela (Judy Geeson) e Barbara (Lulu, que também canta a canção título) estão determinados a destruir Thackeray como fizeram com seu predecessor, ao quebrar-lhe o espírito. Mas Thackeray acostumado à hostilidade enfrenta o desafio tratando os alunos como jovens adultos que breve estarão se sustentando por conta própria. Quando recebe um convite para voltar a engenharia, Thackeray deve decidir se pretende continuar.

Fonte:  http://www.mdig.com.br/index.php?itemid=4092 acesso em 24/09/2011

Indicação para o uso didático
Um ótimo filme, sem dúvidas ele é capaz de gerar discussões sobre a relação professor e aluno, tema muito debatido em nossos dias por especialistas, professores e alunos graduandos de licenciatura! Também destaco a ênfase que é dada ao se mostrar o ambiente escolar e suas precariedades e principalmente as muitas diferenças culturais, sociais, etc que o professor se depara ao entrar em uma sala de aula. Há outros temas que podem ser abordados, por exemplo: comportamento social, respeito a si e ao outro, persistência na busca do objetivo, responsabilidade, amizade, dentre outros.

INDICADO




domingo, 11 de setembro de 2011

Projeto Interdisciplinar: Cine Reflexivo - PIBID Filosofia UFSJ

Cine Penso



Sinopse

São Paulo. 22 milhões de habitantes. 200 quilômetros de engarrafamentos. 300 mil motoboys. No coração da cidade em transe, quatro irmãos tentam se reinventar. Reginaldo - o mais novo e único negro na família - procura seu pai obsessivamente; Dario sonha com uma carreira de jogador de futebol, mas, aos dezoito anos, se vê cada vez mais distante dela; Dinho se refugia na religião e o mais velho, Dênis, pai involuntário de um menino, tem dificuldade em se manter. Sua mãe, Cleuza, empregada doméstica que criou sozinha os quatro filhos, está grávida novamente de mais um pai desconhecido. O futebol e as transformações religiosas pelas quais passa o Brasil, o exército de reserva de trabalhadores que alimenta a cidade, a questão da identidade e da ausência do pai estão no coração da história de “Linha de Passe”.

Fonte:

Comentário 

O filme Linha de Passe gerou vários questionamentos, entre eles ressaltarei a questão da coletividade, da existência e da questão das personagens estarem na  “linha de passe”em todas as principais cenas.
No que se refere a coletividade, começarei pelo início, quando Dario, que sonha em ser um jogador de futebol, participa de testes onde é cobrado o tempo todo a passar a bola e deixar de ser “fominha”, ali inicia-se o confroto. Senso de equipe, trabalhar em grupo, saber conviver com o outro, lições importantes, bem sei, e aí, entra a questão da existência, como as personagens lutam para continuar nos trilhos, no caminho da moral e até o mais sonhador e ainda sem tamanhas responsabilidades era Reginaldo, mesmo assim ele já sentia as dores de se viver em uma sociedade desigual.
Todo o filme gira em torno de tensões, todos se encontram no centro, na “linha de passe”, e a qualquer momento tudo pode acontecer. Assim também é a vida, um dia estou no alto da roda e de repente por baixo estou, lutando pra fazer girar novamnete a roda da vida.








quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Noites Sem Fim


Noites sem fim
E as poesias, soltas por aí,
Bocas de vinho
Eu sozinho...

Não peço desculpas
Sou um homem a La Rimbaud
Sem regras, as vontades
Do rio fiz sonhar.

Me perco sempre nas ruas tortas
Procurando, contando,
As estrelas que ainda estão lá.

Sentado na janela
Vigiava a moça na calçada
E o vento rodopiava
Sussurrava delírios
em nossos ouvidos.


Apaixonado, sou capaz de
Desafiar os maiorais
Esquecer o que se foi
Planejar nossas noites
Sem fim.







Indagação


Para que serve a FILOSOFIA como licenciatura na camada popular?


- Como algo Descartável


- Útil = tapar buracos


- Prática = realmente necessário

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Pibid/ Licenciatura em Filosofia - UFSJ

A Filosofia vem contribuir com sua prática e conteúdos específicos para o trabalho de formação dos alunos da escola média, já realizado por outras áreas do saber, e aí se inclui como co-responsável pela formação do pensamento crítico, cidadão e autônomo. Acresce a esta tarefa o trabalho próprio do saber filosófico, que é o de lidar de maneira mais reflexiva e englobante com temas e problemas que fazem parte da vida humana, das relações do homem com a realidade e com outros saberes. No caso da Filosofia, sua especificidade exige um tratamento mais apropriado e não uma simples transposição de metodologias de outras áreas de conhecimento. Nesse sentido, dialogar com a realidade e experiência do aluno, como uma forma de aproximação e sensibilização, ajuda a concretizar em sala de aula o diálogo com a tradição filosófica, possível pela investigação de problemas, conceitos e argumentações em textos dos filósofos. Entretanto, não basta partir das vivências, é necessário pensar o vivido. Antes de fornecer conceitos como simples transmissão do saber é preciso dar a oportunidade ao estudante de construí-los, de fundamentar o saber sobre determinada questão a partir de suas experiências culturais, históricas e sociais. A construção do conhecimento exige uma postura investigativa. É preciso que o jovem dialogue e investigue a partir de contextos considerados significativos.
O que almejamos enquanto professores de Filosofia é promover em sala de aula uma experiência de pensamento, conjugando problemas, conceitos e desenvolvimento de habilidades reflexivas. Trata-se de pensar o trabalho em sala de aula sob a ótica pedagógica e mesmo didática, selecionando as práticas que, de fato, podem promover a aprendizagem, tornando o ensino de Filosofia adequado e factível.
O que se pretende, hoje, com a Filosofia na sala de aula do Ensino Médio, não é fornecer mera informação conteudista, mas abrir espaço para o exercício do pensamento, ou seja, para a construção do pensamento com os alunos ao explicitar as questões, analisar os discursos e elaborar conceitos. O curso de Filosofia da UFSJ considera em seu trabalho pedagógico as sugestões de conteúdo e habilidades propostas pelo CBC de Filosofia/Caderno Básico de Conteúdo da Secretaria de Educação do Estado de Minas Gerais. Além da legislação pertinente, o aporte teórico utilizado considera de maneira especial as publicações de GALLO, Sílvio; KOHAN, Walter e LORIERI, Marcos.
Apesar dos avanços obtidos com a discussão sobre o ensino de Filosofia no nível Médio, ainda há muito a se considerar na construção de características identificadoras de uma boa aula de Filosofia. Este é o nosso desafio enquanto integrantes do PIBID/FILOSOFIA.

Entrem em nossa página: http://www.pibid.ufsj.edu.br/ver_projeto.php?secao=ver_conteudo&id_conteudo=149&id_projeto=14

Pibid História da UFSJ, convida:

PALESTRAS:

DIA 03 de maio: “Sociedade e Cultura em São João del - Rei (séculos XVIII e XIX)”.

Profª. Drª. Sílvia Brügger (UFSJ) – Sala da peteca (14h30)

DIA 10 de maio: “Fontes e dimensões da História Local: São João del- Rei no século XIX”.

Prof.Dr. Afonso de Alencastro (UFSJ) – Sala da peteca (14h30)

sábado, 26 de março de 2011

Cine Penso


Meninos do Brasil (The Boys from Brazil)

Direção:Franklin J. Schaffner


Elenco: Gregory Peck, Laurence Olivier, James Mason, Lilli Palmer

Duração: 123 minutos



Os meninos do Brasil (em inglês The Boys from Brazil) é um romance publicado em 1976 pelo escritor norte-americano Ira Levin. Baseado em sua história foi rodado o filme homônimo que foi lançado em 1978. O romance foi uma das primeiras obras que abordaram sob a óptica da ficção científica a clonagem humana.

Sinopse

O filme inicia-se a partir da investigação de um jovem que fazia parte de um grupo de "caçadores de nazistas" sobre uma informação de que 94 homens comuns deveriam ser mortos num prazo de dois anos e meio, com o sumiço desse jovem investigador e o recebimento de algumas fotos de pessoas ligadas ao nazismo fazem com que Lieberman (Laurece Olivier) um senhor que havia sido prisioneiro nos campos de concentração (Erza Lieberman), saia em busca de mais informações. A cada nova investigação Lieberman acaba desenrolando uma conspiração que tenta recriar a figura de Hitler, a partir de clones desenvolvidos numa região selvagem do Brasil, Mengele (Gregory Peck) arquiteta um plano para fazer com que os clones tenham as mesmas situações vividas por Hitler na sua vida afim de que isso influencie na formação de seu caráter. Durante uma investigação o Sr. Erza se depara com o próprio Mengele (que nesse momento já estava trabalhando só devido ao medo que surge entre os nazistas de serem descobertos), nesse embate Mengele é capturado e morto pela sua criatura (um dos clones).

O filme Meninos do Brasil, retrata uma ficção, bem possível de ainda ocorrer, fundamentados nos preceitos arianos, o médico Josef Mengele procura criar clones de Adolf Hitler, enquanto Ezra Lieberman, um caçador de nazistas, tenta impedi-lo. Mas será que replicarmos gênios como Mozart, Picasso, Gandhi resolveria os grandes problemas da humanidade? Ou, investimentos na educação, saúde, na própria humanidade, permitiriam, quem sabe, o surgimento dos gênios desta geração.



Fontes:

Revista Filosofia, Ciência e Vida, ano IV, n° 43
http://www.webartigos.com/articles/23004/1/O-que-e-etico-e-o-que-nao-e-RESENHA-DO-FILME-MENINOS-DO-BRASIL/pagina1.html#ixzz1FHdCpz72 acesso em 28/02/2011


Comentário filosófico
Na discussão sobre o filme foi possível observar a possibilidade de interdisciplinaridade entre as disciplinas: filosofia, história e biologia.

Entretanto, é preciso mencionar que é preferível não utilizá-lo como sensibilização em sala de aula, ao invés disso, utilizá-lo como aplicação, ou seja, após a matéria que já tenha sido devidamente lecionada.

O filme envolve também questões morais, cientificas, sociais, étnicas e até religiosas bastante pertinentes, tais como, genética, preconceito, justiça, etc.

O grupo levantou questões sobre o personagem Dr. Mengele. Sua atitude acabou contribuindo para o avanço da ciência ou não passava de pura obsessão? E quando realmente ele passou a ser um psicopata?

Apesar de ser uma ficção, o filme trata de um período da história – o nazismo, liderado por Adolf Hitler - o personagem citado acima, Mengele pretendia fazer clones de Hitler, no entanto, ele tinha o conhecimento de que não bastava reproduzir o código genético, mas também era necessário que os clones fossem expostos as mesmas artimanhas do acaso da criatura original.

Entre essas e outras características mencionadas do filme, seria mais proveitoso assisti-lo, pois podem ser percebidos outros detalhes, este é um filme aberto a várias possibilidades de interpretações.

Daiane Fátima, Juliana Monteiro e Karoline Gomes

ENSINAR FILOSOFIA - uma conversa sobre aprender a aprender.


A obra nasceu de uma conversa entre Ricardo Terra e Marcos Nobre gravada em 16 de março de 2006

Seu objetivo é tentar fazer um diagnóstico da situação atual do ensino de Filosofia no Brasil e formular propostas concretas para sua implementação especialmente no ensino médio.

Capítulo I: Traz uma breve descrição da implantação da filosofia no Brasil que ocorreu a partir da década de 1930, mostra ainda como a filosofia torna-se importante na esfera pública surgindo com o intuito de ir contra a ladainha religiosa e o bacharelismo.

A ideia de consórcio é essencial para a formação do intelectual brasileiro, assim não é estranho que um filósofo venha à esfera pública.

Capítulo 2: Ressalta a importância de se ter uma posição filosófica e abertura às críticas dos profissionais de outras áreas. A partir da década de 1990 os critérios de avaliação são deixados de lado, passa-se então a um critério único: é preciso publicar uma quantidade X, o pesquisador não é formado na ideia de que está construindo um país ao participar da construção da universidade (projeto inicial). É necessário criar um padrão específico, em vez de submeter a filosofia a um padrão internacional.

Capítulo 3: é discutido o problema do discurso filosófico atual em que o pesquisador pode simplesmente dizer-se especialista em um autor na filosofia, que o legitima academicamente, assim surge a ideia de especialismo cego, ou seja, profissionais que não conseguem pensar a articulação de seu conhecimento com o mundo que os cerca.

Capítulo 4: Trata da importância da interdisciplinaridade no ensino de filosofia. É imprescindível que o professor tenha uma formação sólida em história da filosofia e simultaneamente seja capaz de trabalhar essa história da filosofia em ação. “Filosofia que não está imersa na cultura, não serve para nada.” Marcos Nobre

Esta obra foi analisada por mim e por uma amiga, Juliana Monteiro, nós duas somos bolsistas do Pibid - Filosofia da UFSJ e esta foi uma de nossas atividades do ano passado.

Como estudar filosofia?


Estudar filosofia é a forma de aprendermos um método reflexivo de pensar e articular de maneira clara e objetiva questões importantes, problemas filosóficos, mesmo adentrar mais profundamente as idéias atuais e aprender a filosofar por si próprio.

No estudo da filosofia além de aprender a história da filosofia o seu foco será fazer com que o aluno aprenda não em que pensar, mas como pensar. E saber pensar para a filosofia se refere, em saber examinar criticamente os problemas filosóficos. O trabalho do filósofo é explorar cada questão minuciosamente para em seguida poder formar um conceito. Para que esse trabalho seja bem sucedido é necessário que se adote uma metodologia de leitura onde o aluno faça dela seu instrumento de trabalho.

A metodologia com que a filosofia trabalha é aplicável independentemente de época ou lugar, tanto na leitura de livros quanto na da realidade atual. Ela é um caminho a ser seguido que requer esforço e dedicação por parte do aluno, reflexões por meio de pesquisas sistemáticas e a procura constante de um melhor e mais exato entendimento da realidade.

Através do processo analítico do estudo filosófico, nossa capacidade de argumentação e construção de um raciocínio lógico torna-se constante, adquirimos capacidade de construir e articular argumentos convincentes e passamos a identificar e avaliar pontos fortes e fracos de cada questão, até as questões mais simples onde em nosso dia-a-dia não as percebemos somos, levados a analisá-las.

Aprender a identificar os sistemas filosóficos e reconstruí-los são qualidades que adquirimos no estudo da filosofia. Todas essas capacidades valorizam o pensamento e a vida do homem, onde este é instruído e motivado a investigar o mundo em que vive e as várias concepções filosóficas, podendo em seguida gerar suas próprias opiniões, pois que na filosofia existem vários pontos de vista. Mas quando o homem se põe a filosofar seus argumentos não se esgotam apenas nesses conceitos, ele continua trabalhando e refletindo reconsiderando e analisando esses dados disponíveis já que levará em consideração o espaço e o tempo em que vive. E nas palavras de Emmanuel Kant: “Não há filosofia que se possa aprender; só se aprende a filosofar.”

Ensaio filosófico da disciplina "Investigação filosófica" - 2009
Karoline Santos Gomes

O que é AMAR para você?

Eles sabem o que é...

Nietsche:
“Aquilo que se faz por AMOR está sempre além do bem e do mal.”

Voltaire:


“Façam o que fizerem, destruam a infâmia e AMEM aqueles que vos AMAM.”

Rousseau:


Pessoas que devem passar os dias juntos, o importante é que eles façam AMAR um pelo outro, e por isso mesmo tornam-se queridos.

Rimbaud:


Sensação
Pelas tardes azuis do Verão, irei pelas sendas,
Guarnecidas pelo trigal,
pisando a erva miúda:
Sonhador, sentirei a
frescura em meus pés.
Deixarei o vento banhar
minha cabeça nua.
Não falarei mais, não
pensarei mais:
Mas um AMOR infinito me
invadirá a alma.
E irei longe, bem longe,
como um boêmio,
Pela natureza, - feliz
como com uma mulher.

Chico Buarque:


Quando AMO
Eu devoro
Todo o meu coração
Eu odeio
Eu adoro
Numa mesma oração.
...


E AMAR para você, é o que mesmo?

Será que tem como defini-lo ou enquadrá-lo num desses perfis?

O Puro Amor

Ela ficava a sonhar com o novo amor
Sentada com seus olhos a vigiar

Desvendava os segredos, queria

O puro amor.



Estou a esperar meu mais novo amor!

Quem dera encontrar, a vida é amor!



Nas noites seu rosto rosado

Os lábios quentes

Mostra que finalmente encontrou

O puro amor.



Estou a esperar meu mais novo amor!

Quem dera encontrar, a vida é amor!

A vida é amor!

Narrativa de uma tentativa de suicídio


Quis aproveitar certa oportunidade


Em uma elevado aranha-céu.


Marina que continha apenas trinta


Procurou se expor em localidades


Aos olhos de todos.






Sua terrível ardência de festas,


Comemoração nunca antes compartilhada.


E as dúvidas! O que ocorrerá no novo?


Sentimentos de inquietude em sua alma


Acelerou o não realizado desejo.






Covarde agora se encontra


Pois um sentimento novo


Pousou em seu peito e acabou


Agradando-lhe por completo


Agora, Marina vive, vive, ...

Desventuras de um bêbado


D’amores eu andava, e por ruas abafadas

Meu olhar ia penetrando as janelas alheias.

Existe ainda o desejo no bater desesperado das portas.

Ao entardecer avistava as pequenas mariposas

Contava-lhes meus segredos

E os mais íntimos, no chão, foram todos, pisoteados.



O dia era dormido em jazigo desconhecido

E o Sol se punha nas montanhas tamanhas

E eu no dançar a caminho das bodegas,

Sto Antônio, quem sabe. Este, em que há gritos.

Os que apenas escutam não traduzem

O idioma lançado em glórias ali retratado.



Gosto do perfume barato, dos restos do tudo

Que não importa mais nada, que a vida nos leve.

Gosto do sorriso alucinado, penetrando além alma.

Ali observo, decoro minúcias do diverso,

Ali transbordo em copos a feliz gratidão

E não a certeza do ter & perder.

(...) Passagem!



Nunca... como podes dizer nunca!


A luz que por aqui caminha


Continuas em seu percurso.


Lenta mente.


Sei que o lugar é outro,


A gare também não é a mesma,


As pessoas... nem se fala!


Mas a Luz, a sombra


Me abala com igual intensidade!
Como outroras, filosofia!


...(fiz uma pequena brincadeira com um trecho do poema de Álvaro de Campos)

Sentir

...


Se queres um olhar

mesmo que pense

deseje a solidão das noites

posso dizer o que prefiro?



palavras, que brotam sorrateiras

no manto róseo licor de meus lábios

e acompanham o caminhar da lua

pequenina tentação!



prefiro esse profundo gemido

perdido, escondido, ao invés daquele sol

ardente, prefiro como dizes

a noite e sua imensa fantasia

que sozinha delira na imensidão.



Karoline Santos Gomes.

10/2010

De Banksy a Sartre: O sonho da liberdade







1. QUEM É BANKSY

Banksy, nascido em Bristol em 1975, iniciou seus trabalhos em estêncil (forma de desenho ou ilustração que representa ilustrações figurativas e abstratas em superfícies de cimento) aos 14 anos, foi expulso da escola e preso por pequenos delitos. Sua identidade ainda é incerta, seu nome de guerra é Banksy, não costuma dar entrevistas e fez da contravenção uma constante em seu trabalho, sempre provocativo. Ele é hoje o grafiteiro mais famoso da Europa e talvez do mundo. Seus pais não sabem da fama que o filho tem: "Eles pensam que sou um decorador e pintor".
Recentemente, Banksy, trocou 500 CDs da cantora Paris Hilton por cópias adulteradas em lojas de Londres, e colocou no parque de diversões Disney uma estátua-réplica de um prisioneiro de Guantánamo.
Suas obras são carregadas de conteúdo social expondo claramente uma total aversão aos conceitos de autoridade e poder. Em telas e murais faz suas críticas, normalmente sociais, mas também comportamentais e políticas, de forma agressiva e sarcástica, provocando em seus observadores, quase sempre, uma sensação de concordância e de identidade. Apesar de não fazer caricaturas ou obras humorísticas, não raro, a primeira reação de um observador frente a uma de suas obras será o riso. Espontâneo, involuntário e sincero, assim como suas obras.

Provocador e criminoso, agora, esse incrível artista também vai se tornar conhecido do público do resto da Europa com o documentário Exit Through The Gift Shop, o qual, segundo disse o próprio Banksy é “o primeiro filme-catástrofe de arte de rua”. No filme, toda a rotina de Banksy é acompanhada e retratada.

2. O TRABALHO DE BANKSY NO MURO DA CISJORDÂNIA

Banksy, em forma de protesto realizou vários trabalhos artísticos no muro da Cisjordânia, muralha que separa Israel da Cisjordânia e que começou a ser construída em 2002, durante o governo do primeiro ministro israelense, Ariel Sharon, para evitar a infiltração de terroristas suicidas palestinos em Israel. A iniciativa suscitou críticas da comunidade internacional, que considera o muro como um símbolo de segregação.

O Muro consiste numa rede de vedações com trincheiras rodeadas por uma área de exclusão média de 60 metros e por paredes de concreto de até 8 metros de altura. Em certos lugares, como na região da cidade palestina de Qalqiliya, o muro chegaria à altura de oito metros. Em alguns pontos, a construção tem 45 metros de largura; em outros, pode chegar a 75 ou 100 metros. A muralha deve conter também dispositivos eletrônicos capazes de detectar infiltrações, fossas antitanque e pontos de observação e patrulha.

A construção também divide no meio o pátio do liceu de Anata em Jerusalém, isolando as quadras de futebol e de vôlei da escola e deixando para os 800 alunos um espaço estreito e limitado para o recreio e as atividades esportivas. Além disso, os alunos se sentem ameaçados e aprisionados, sem nenhuma vontade de sorrir ou conversar e sem contar com o barulho das escavadoras e das bombas de lacrimogêneo que os soldados lançam a todo o momento.

Banksy a partir da observação do desespero e da angústia daquele povo, maltratados e desvalorizados, sem nenhuma perspectiva de vida e sendo a todo instante aterrorizados pelos conflitos que cercam aquela região, ele resolve retratar no “muro da vergonha” de maneira altamente irônica a total falta de liberdade e repressão de qualquer tipo de ação.

3. O CONCEITO DE LIBERDADE EM SARTRE
Jean-Paul Sartre natural de Paris (21 de junho de 1905 — 15 de Abril de 1980). Foi um filósofo francês, escritor e crítico, conhecido como o representante do existencialismo. Sempre acreditou que os intelectuais da época têm que desempenhar um papel na sociedade. Ele apoiou causas políticas e sociais, adaptando sempre suas ações às suas idéias.

A questão da liberdade em Sartre é também o que diferencia o homem dos outros animais, pois que somente o homem é livre. Para ele o homem livre é responsável pelas suas ações, pois ele parte de uma consciência auto-reflexiva e é capaz de pensar em si mesmo, daí ele é um “ser-para-si”.

A partir da liberdade, o homem torna-se responsável por tudo aquilo que escolhe e faz. Portanto ela só possui um verdadeiro significado na ação, quando o homem é capaz de modificar a realidade.

Este conceito, segundo Gerd Bornheim, não têm uma demarcação ou mesmo um ponto que dizemos ser o início e outro o término da liberdade:

“a liberdade não tem essência, instaura-se desprovida de qualquer necessidade de lógica. Já nesse sentido, a existência precede e comanda a essência, e todo empenho em demarcar a liberdade torna-se fundamentalmente contraditório, pois a liberdade se explica como fundamento de todas as essências. Não se trata, portanto, de uma propriedade ou de uma tendência acrescida à minha natureza; trata-se do estofo mesmo de meu ser, e, analogamente à consciência, deve-se ver nela uma simples necessidade de fato uma contingência radical”.
4. RELAÇÃO ENTRE BANKSY E SARTRE

Na fotografia de Banksy, notamos sua tentativa irônica de mostrar que o homem mesmo em uma região de constantes conflitos, ainda é livre. Então, podemos dizer que a partir de uma profunda reflexão o homem descobrirá inúmeras possibilidades e atingirá o conceito de liberdade a qual o Sartre se refere. E também se tornará o único responsável pelas suas ações e escolhas.