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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Aulas de Filosofia: Estética - Atividade com o texto de David Hume

“É DEMASIADO óbvia para deixar de ser notada por todos a extrema variedade de gostos que há no mundo, assim como por todos as opiniões. Mesmo os homens de parcos conhecimentos são capazes de notar as diferenças de gosto dentro do estreito círculo de suas relações , inclusive  entre pessoas que foram educadas sob o mesmo governo e em quem desde cedo foram inculcados os mesmos preconceitos”.[...]  “ A  beleza não é  uma qualidade das próprias coisas, existe apenas no espírito que contempla, e cada espírito percebe uma beleza diferente.É  possível até uma pessoa encontrar deformidade onde uma outra vê apenas beleza, e todo indivíduo deve aquiescer a seu próprio sentimento, sem ter a pretensão de regular o dos outros. Procurar estabelecer uma beleza real, ou uma deformidade real, é uma investigação tão infrutífera como procurar uma doçura real ou amargo real”.[...] “ Portanto, podemos aqui aplicar as regras gerais da beleza, pois elas são tiradas de modelos estabelecidos e da observação do que agrada ou desagrada, quando apresentado isoladamente e em alto grau.Se as mesmas qualidades, numa composição contínua e em menor grau, não afetam os órgãos com um sensível deleite ou desagrado, excluímos, a pessoa de toda pretensão a esta delicadeza”.    

FLORIDO, Janice (Coord). Hume. Nova Cultural: São Paulo, 1999. Coleção Os pensadores.

EXERCÍCIOS
1. Qual o tema do texto?

2. Escreva com suas palavras o que você entendeu do texto.

3. Segundo David Hume, é possível estabelecer um padrão universal de beleza? Por que?

Aulas de Filosofia: Estética - Atividade com o texto Eco e Narciso

ATIVIDADE FILOSÓFICA

Leia com atenção o texto abaixo e depois responda às questões:



ECO e NARCISO



Eco era o nome de uma ninfa muito tagarela, que conversava muito e sem pensar. Não conseguia ouvir em silêncio quando alguém estava falando. Sempre se intrometia e interrompia, nem que fosse para concordar e repetir o que o outro dizia. Um dia, fez isso com a ciumenta deusa Juno, quando ela andava pelos bosques furiosa, procurando o marido Júpiter, que brincava com as ninfas. A tagarelice de Eco atrasou a poderosa Juno, que resolveu:
- De agora em diante, sua língua só vai servir para o mínimo possível.
E a partir desse dia, a coitada da Eco só podia mesmo repetir as últimas palavras do que alguém dissesse. [...]
Por isso, algum tempo depois, quando ela viu um rapaz belíssimo e se apaixonou por ele, tratou de ir atrás sem dizer nada, em silêncio. Esse rapaz se chamava Narciso e dizem que foi o homem mais bonito e deslumbrante que já existiu. Todo mundo se enamorava dele, que nem ligava.
Eco ficou louca por Narciso e o seguia por toda parte. Bem que tinha vontade de se aproximar e confessar seu amor, mas não tinha mais sua própria fala... [...] Só lhe restava ficar escondida, por perto, esperando que ele dissesse alguma coisa que ela pudesse repetir.
Um dia, o belo Narciso estava passeando no bosque com uns amigos, mas se perdeu do grupo e não conseguiu encontrá-los. Começou a chamar:
- Tem alguém aqui?
Era a chance da ninfa! E ela logo respondeu, ainda escondida:
- Aqui! Aqui!
Espantado, Narciso olhou em volta e não viu ninguém. Chamou:
- Vem cá!
Ela repetiu:
- Vem cá! Vem cá!
[...]
O rapaz não desistiu:
- Vamos nos encontrar...
Toda feliz, Eco saiu do meio das árvores e correu para abraçá-lo repetindo:
- Vamos nos encontrar...
Mas ele fugiu dela, gritando:
- Pare com isso! Prefiro morrer a deixar que você me toque!
A pobre Eco só podia repetir:
- Que você me toque... que você me toque...
E saiu correndo, triste e envergonhada, para se esconder no fundo de uma caverna. Sofreu tanto com essa dor de amor, que foi emagrecendo, definhando, até perder o corpo, desaparecer por completo e ficar reduzida apenas a uma voz, repetindo as palavras dos outros – isso que nós chamamos de eco.
Narciso continuou sua vida, sempre da mesma maneira. Sem ligar para ninguém, nunca se importando com os outros, brincando com o sentimento alheio. Até que alguém, que ele fez sofrer muito, rezou para Nêmesis, a deusa do Destino, e pediu:
- Que ele possa amar alguém tanto como nós o amamos! E que também seja impossível que ele conquiste seu amor!
Nêmesis ouviu essa oração. Achou que era justa e resolveu atender ao pedido.
Havia no fundo do bosque um laguinho de águas cristalinas e tranquilas, onde nunca vinha um animal beber água e não caíam folhas ou galhos secos – um verdadeiro espelho. Era cercado por uma grama verdinha e macia, e muito fresco. Um lugar gostosíssimo. Um dia, no meio de uma caçada, Narciso passou por ali. Com sede resolveu tomar um pouco d´água. Deitando na margem, com a cabeça debruçada sobre o lago, ficou encantado pelo belíssimo reflexo que via. Nunca tinha se visto num espelho e não sabia que era a sua própria imagem. Mas imediatamente se apaixonou, maravilhado por tanta beleza. Ficou ali parado, contemplando aquele rosto mais bonito do que jamais vira. [...]
Os amigos apareceram para procurá-lo, mas ele não deu atenção. Chamaram-no para ir embora, mas ele ficou. Olhando o reflexo no lago. [...]
Muito tempo Narciso ficou ali, sem comer nem dormir, admirando aquele ser por quem estava tão apaixonado. Chorou – e suas lágrimas caíram sobre a imagem, que chorava com ele, e ficou turva.
- Ai de mim! – gemia ele.
A única resposta que tinha era de Eco, sempre escondida:
- Ai de mim!
Desinteressado de tudo, cada vez mais fascinado por si mesmo, foi definhando. Ao perceber que ia morrer, suspirou:
- Adeus!
Fechou os olhos, deixou cair a cabeça sobre a grama. Na água, o rosto sumiu. Só Eco respondeu:
- Adeus!
Mais tarde, os amigos voltaram. Mas já o encontraram morto. Prepararam tudo para o funeral, mas, quando vieram pegar o corpo, não estava mais lá. Em seu lugar nascera uma flor perfumada e linda, com uma estrela de pétalas brancas em volta de um miolo amarelo. Para sempre chamada de narciso.

Mito de Narciso. Disponível em: Acesso em: 19 março. 2013.

EXERCÍCIOS


1) Os mitos tinham como objetivo explicar algum fenômeno natural. No caso da história de Eco e Narciso isso ocorre? Explique.



2) Levante cinco questões que vocês acreditam serem importantes sobre o mito.



3) O mito de Narciso tornou-se tão conhecido que até hoje se usa o adjetivo narcisista. Lembrando-se da história, explique o que esse adjetivo quer dizer.


sábado, 29 de março de 2014

Aulas de Filosofia: 1º ano do ensino médio (Ser Humano - Cultura e Natureza)

O que é Cultura?

Cultura é a herança que um grupo social transmite a seus membros através da aprendizagem e da própria convivência social. Cada indivíduo contribui para ampliar a cultura que recebe da sua geração. E é isso que explica o progresso e as mudanças. A cultura abrange a maneira de viver (ser, pensar e sentir) de um povo. Ela é o conjunto de habilidade humanas, ou seja, de costumes e hábitos a partir das relações sociais.





A cultura pode ser material ou não-material.

Cultura Material objetos manufaturados, os artefatos: ferramentas, prédios, móveis, meios de transportes, estradas, pontes, cadernos, etc. Todo e qualquer objeto resultante da transformação da natureza pelo homem.
Cultura Não-Material a linguagem, as idéias, as músicas, poesias, rituais, os costumes e hábitos de um povo. Ou seja, todo o ideário que permeiam as tradições de cada povo.
Exemplo: no futebol a cultura material do futebol são as traves, os uniformes, a bola, chuteiras, caneleiras, o escudo, gramado, luvas, joelheiras, apito. A cultura não-material é o hino do time, o grito da torcida, as regras de arbitragem, os jargões dos comentaristas esportivos.

Cultura como uma norma

A cultura também mostra como deve ser o padrão de comportamento do indivíduo que é uma norma - uma determinação de como o indivíduo deve agir dentro de um grupo. No entanto, o que é norma numa sociedade pode não ser na outra.
Seja a sociedade simples ou complexa, todas possuem sua forma de expressar, pensar, agir e sentir, portanto, todas têm sua própria cultura, o seu modo de vida.
O conceito de cultura de massa pode ser definido como padrões compartilhados pela maioria dos indivíduos, independente da renda, instrução, ocupação etc. Cultura de massa é produto da indústria cultural, tipicamente de sociedades capitalistas; refere-se a aspectos superficiais de lazer, gosto artístico e vestuário. A indústria cultural está sempre "fabricando" modas e gostos, a cultura de massa só é viável em razão da invenção da comunicação em massa e do capitalismo.


Responda:


1. A partir das aulas e deste pequeno texto, o que é cultura e o que não é? Porque?

a)                                                                                 b)


c)                                                                                 d)