sábado, 26 de março de 2011

Desventuras de um bêbado


D’amores eu andava, e por ruas abafadas

Meu olhar ia penetrando as janelas alheias.

Existe ainda o desejo no bater desesperado das portas.

Ao entardecer avistava as pequenas mariposas

Contava-lhes meus segredos

E os mais íntimos, no chão, foram todos, pisoteados.



O dia era dormido em jazigo desconhecido

E o Sol se punha nas montanhas tamanhas

E eu no dançar a caminho das bodegas,

Sto Antônio, quem sabe. Este, em que há gritos.

Os que apenas escutam não traduzem

O idioma lançado em glórias ali retratado.



Gosto do perfume barato, dos restos do tudo

Que não importa mais nada, que a vida nos leve.

Gosto do sorriso alucinado, penetrando além alma.

Ali observo, decoro minúcias do diverso,

Ali transbordo em copos a feliz gratidão

E não a certeza do ter & perder.

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