sexta-feira, 29 de julho de 2016

Florais de Bach

A técnica da Terapia Floral foi desenvolvida na Inglaterra, na década de 1930, pelo médico Edward Bach (1886-1936), o qual percebeu que o “modo de ser” dos seus pacientes era mais importante que seu corpo físico, assim sendo “um forte querer, uma grande determinação, um objetivo sólido na vida são fatores decisivos para a saúde e bem estar dos seres humanos”. Através da sua experiência concluiu que o equilíbrio emocional é de fundamental importância na cura das doenças.

Os florais não são medicamentos, não possuem contraindicação, ou efeitos colaterais. Os florais possuem apenas a energia curativa da flor, é um composto de vibrações energéticas que impregnam a água ao qual é acrescentado o brandy para conservação.

Reconhecida pela Organização Mundial da Saúde em 1976, os florais são indicados para dissolver qualquer obstáculo psicoemocional, combater as doenças psicossomáticas, auxiliar na cura de qualquer doença e na recuperação da saúde.


A mágoa, raiva, timidez, ansiedade, medo, stress, nostalgia, entre outros são causadores de inúmeras doenças: hipertensão, infertilidade, depressão, alergia, miomas, hiperatividade, etc. A eficácia das  inúmeras técnicas terapêuticas e dos florais se encontra na transformação do paradigma comportamental por fazer desabrochar todas as qualidades positivas e efetuar a busca pelo autoconhecimento, ou seja, promovendo equilíbrio, satisfação, energia, felicidade, respeito, autocontrole, sabedoria, etc o corpo responde com a Cura e a Saúde.


Se você tem interesse de tentar se conhecer melhor e garantir uma qualidade de vida, posso te auxiliar via e-mail em seu desenvolvimento pessoal e autoconhecimento. Basta você fazer um relato explicando sua situação, como está se sentindo e o que espera dos florais, escreva a vontade e envie para o e-mail karollepic@hotmail.com . Responderei explicando como os florais podem lhe ajudar e lhe enviarei todos os dados necessários ao seu suporte filosófico e terapêutico.



Valores:
- Indicação de florais: R$ 25,0
- Suporte terapêutico (um retorno): 50,0
- Suporte terapêutico (mensal): 200,0
- Envio de florais pelos correios: 30,0 + frete

*Os florais são de fácil acesso em todas as farmácias de manipulação.


Karoline Santos Gomes
Terapeuta Floral 
Formada em Filosofia pela UFSJ.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Aulas de Filosofia - Introdução a Lógica (Conhecer - Verdade e validade)

Aulas de Filosofia - Lógica
Professor(a): 
Conteúdo: O que é Lógica/Premissas e Conclusão

A lógica é o ramo da filosofia que cuida das regras do bem pensar e do pensar correto.
As palavras lógica e lógico são usadas por nós para significar:
- uma inferência: visto que conheço X, disso posso concluir Y;
- coerência: visto que X é assim, é preciso que Y seja assim;
- sem contradição: entre o que sabemos de X e a conclusão Y que chegamos;
- para entender a conclusão Y, precisamos saber o suficiente de X.
Como reconhecer as premissas e a conclusão de um argumento: o argumento é composto por um conjunto de estruturas no qual uma é apresentada como conclusão e as outras (premissas) pretendem justificar a verdade da conclusão.
Normalmente as conclusões contém: logo, portanto, infere-se que, ...

Exercícios
1. Destaque a conclusão do argumento:
a) Todos os homens são mortais.
Sócrates é homem.
Logo, Sócrates é mortal.
b) O aborto deve ser condenado em qualquer hipótese simplesmente porque é errado matar um ser humano inocente. Realizar um aborto é matar um ser humano inocente.

c) Em um sistema qualquer, seja no esporte, na política, nas escolas ou empresas, quando há brecha para que pessoas lucrem de forma corrupta, algumas vão se corromper. Só a vigilância diminui a corrupção.
d) O preconceito contra os negros e hispânicos nos EUA diminuiu só na aparência. Pessoas com nomes típicos de negros são claramente discriminadas nos processos de seleção para emprego.
e) Alfredo é um ano mais novo que A.
A tem 21 anos.
Portanto, Alfredo tem 20 anos.

Conteúdo: Argumentos dedutivos e indutivos

Argumento dedutivo: Aqueles nos quais, dada a verdade das premissas, é logicamente impossível a conclusão ser falsa.
Ex: Todo mamífero é vertebrado.
A baleia é um mamífero.
Logo, a baleia é vertebrado.
Argumento indutivo: Mesmo as premissas sendo verdadeiras pode acontecer que a conclusão seja falsa, ou de a verdade da conclusão ser apenas provável.
Ex: Todo cobre é condutor de eletricidade, assim como a prata, o ouro, etc. Logo, todo metal é condutor de eletricidade.

Exercícios
1. Classifique os argumentos abaixo em dedutivos e indutivos:
a) A grande maioria dos entrevistados declarou que não votará no candidato da oposição. Logo, a oposição não vai ganhar as eleições.

b) Todo metal dilata com o calor.
A prata é um metal.
Logo, a prata dilata com o calor.

c) Todo mineiro é brasileiro.
Lula é brasileiro.
Logo, Lula é mineiro.

d) Um dia meu joelho doeu e depois choveu.
Repetidas vezes meu joelho doeu e depois choveu.
Logo, sempre que meu joelho doer vai chover.

Conteúdo: Conteúdo e Forma de um argumento

Observe os dois exemplos abaixo:
        Todo ser humano é mortal. à Premissa 1 ou P¹
(1)   Sócrates é ser humano. à Premissa 2 ou P²
        Logo, Sócrates é mortal. à Conclusão

        Todo mamífero é vertebrado. à
(2)   A baleia é um mamífero. à
        Logo, a baleia é vertebrado. à Conclusão

*Vemos que são dois raciocínios fáceis de entender, eles tratam de assuntos distintos, tendo portanto conteúdos distintos: um trata de Sócrates e sua mortalidade; o outro de baleias e sua coluna vertebral. Mas, se você observar bem, notará que os dois apresentam a mesma estrutura:

               Ser humano                            mortal
Todo                                      é
               mamífero                              vertebrado


Sócrates                             um ser humano
                             é
A baleia                             um mamífero

             Sócrates                     mortal
Logo,                            é
             a baleia                     vertebrado

ou seja, a forma dos dois argumentos acima é a mesma:

Todo A é B à
C é um A à P²                     
Logo, C é B à C
(Ambos possuem a mesma forma lógica)

Exercícios
1. Crie um argumento lógico substituindo as letras por conteúdos:
a) Todo A é B
c é A
Logo, c é B

b) Todo A é B
c é B
Logo, c é A

c) Todo A é B
Todo B é C
Logo, todo A é C

Conteúdo: Lógica – Verdade e Validade

Argumento válido é aquele em que é impossível as premissas serem verdadeiras e a conclusão falsa. Para reconhecer a validade de um argumento utilizamos a teoria dos conjuntos (diagramas). Observe os exemplos.
Considerando S e P, podemos estabelecer entre eles as seguintes relações:
1. Todo S é P ou Todos os humanos são mamíferos
2. Algum S é P ou Alguns políticos são mulheres
3. Algum S não é P ou Alguns políticos não são mulheres
4. Nenhum S é P ou Nenhum vegetal é animal


A validade de (1) e a invalidade de (2) são demonstradas usando diagramas. Uma sentença do tipo todo A é B significa que o conjunto A está contido no conjunto B, em símbolos, A ⊂ B. Uma sentença do tipo a é B significa que a é um elemento de B, em símbolos, a ∈ B. Se é verdade que todo A é B e que c é A – a situação 1 acima, é impossível que c esteja fora de B. Por outro lado, na situação 2, c está em B mas fora de A. Por essa razão, a forma 2 é inválida, pois é possível que as premissas sejam verdadeiras e a conclusão falsa.

EXERCÍCIOS
1.Utilizando a teoria dos conjuntos, identifique os argumentos válidos e os inválidos e procure por uma semelhança entre eles:

(a) Todo mineiro é brasileiro                                (b) Todo corintiano é paulista
Aécio é mineiro                                                           Lula é paulista
Logo, Aécio é brasileiro                                            Logo, Lula é corintiano

(c) Todo A é B                                                      (d) Todo A é B
Todo B é C                                                                  Algum B é C
Logo, todo A é C                                                        Logo, algum A é C


Conteúdo: Proposições categóricas

Uma proposição é por exemplo a afirmação “Todo ser humano é mortal” e ela é também categórica, pois relaciona a classe dos seres humanos com a classe dos mortais.
Encontramos proposições:
Afirmativas: quando se afirma a existência de uma relação entre o sujeito A e o predicado B. Ex: Todo cachorro é mortal.
Negativas: Quando se nega a existência dessa relação. Ex: Nenhum cavalo é anfíbio.
Universal: Quando se refere a todos da espécie. Ex: Toda criança é inocente.
Particular: Quando se refere a uma parte da espécie. Ex: Alguns políticos são honestos.

Combinando esses critérios, temos quatro tipos importantes de proposições:
Universal afirmativa: Todo cachorro é mortal.
Universal negativa: Nenhum animal é objeto.
Particular afirmativa: Alguns homens são loiros.
Particular negativa: Algumas mulheres não são vaidosas.

Exercícios
1. Faça o que se pede:
“Alguns funcionários de uma empresa aderem aos protestos contra sua privatização.”

a)Transforme esta manchete em uma proposição categórica


b)Formalize a proposição (usando letras) e elabore o diagrama correspondente

F: funcionários da empresa         
I: indivíduos que protestam

c)Identifique o tipo de proposição da manchete

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Aulas de Filosofia: Avaliação - Cultura, trabalho, consumo e alienação

Avaliação de Filosofia

Nome:                                                                                                Nº                            Série:
Data: ____/____/_____                                                 Valor:                             Nota:

(Questão 1) (Questão do Enem – 2001) “Um operário desenrola o arame, o outro o endireita, um terceiro corta, um quarto o afia nas pontas para a colocação da cabeça do alfinete; para fazer a cabeça do alfinete requerem-se 3 ou 4 operações diferentes; …” (SMITH, Adam. A Riqueza das Nações. Investigação sobre a sua Natureza e suas Causas. Vol. I. São Paulo: Nova Cultural, 1985).


A respeito do texto e do quadrinho são feitas as seguintes afirmações:
I. Ambos retratam a intensa divisão do trabalho, à qual são submetidos os operários.
II. O texto refere-se à produção informatizada e o quadrinho, à produção artesanal.
III. Ambos contêm a ideia de que o produto da atividade industrial não depende do conhecimento de todo o processo por parte do operário.

Dentre essas afirmações, apenas.
(a) I está correta.
(b) II está correta.
(c) III está correta.
(d) I e II estão corretas.
(e) I e III estão corretas.

(Questão 2) Para você qual a relação entre o dinheiro e a felicidade?

(Questão 3) Qual o aspecto positivo do trabalho?

(Questão 4) Analise a imagem abaixo:


Um dos assuntos mais discutidos na atualidade é o consumismo. A partir das aulas dadas e da imagem acima, responda: Na sociedade é tido como feliz aquele que possui bens e não o que ele é de fato, como você analisa esta situação?

(Questão 5) A publicidade na era capitalista se faz importante uma vez que:
(a) Leva as pessoas a comprarem corretamente.
(b) Induz a compra demasiada do supérfluo.
(c) Garante ao consumidor qualidade do produto.
(d) É uma forma de mostrar os defeitos do produto.

(Questão 6) Quando o trabalho se torna alienado? Justifique e dê um exemplo.

(Questão 7) Qual das imagens abaixo é cultura? Explique.




(Questão 8) Qual a diferença entre consumo e consumismo?

(Questão 9) Explique com base no texto abaixo a diferença entre natureza e cultura:
(...) A natureza é tudo o que há em nós por hereditariedade biológica; a cultura é, ao contrário, tudo o que possuímos da tradição externa (...) é o conjunto dos costumes, das crenças, das instituições como a arte, o direito, a religião, as técnicas da vida material, numa palavra, todos os hábitos ou aptidões aprendidas pelo homem enquanto membro de uma sociedade. (...) Claude Lévi-Strauss

(Questão 10) Dê dois exemplos de cultura imaterial.

(Questão 11) O que é hiperconsumismo, de acordo com o texto:
“A obsessão com a saúde e a prevenção é o lado obscuro do hiperconsumismo, gerador de ansiedade quase higienista. A quantidade de informação disponível torna o consumo complicado. Na alimentação, os consumidores estão ávidos pela leitura dos rótulos: quais são os ingredientes, de onde vêm, podem causar câncer, engordar? Há 40 anos, íamos ao médico uma vez por ano, se muito. Hoje, um indivíduo faz até dez consultas por ano. O consumo de exames, para nos fazer sentir "seguros", cresce exponencialmente. Sintoma do hiperconsumismo: queremos comprar nossa saúde.” Gilles Lipovetsky (Filósofo francês)

(Questão 12) De onde vem e para onde vão os produtos que consumimos? O que podemos fazer no nosso dia a dia para evitarmos o consumo alienado?

(Questão 13) Comente de acordo com o trecho abaixo, o aspecto positivo do trabalho: "Uma aranha executa operações que se assemelham às manipulações do tecelão, e a construção das colméias pelas abelhas poderia envergonhar, por sua perfeição, mais de um mestre-de-obras. Mas há algo em que o pior mestre-de-obras é superior à melhor abelha, e é o fato de que, antes de executar a construção, ele a projeta em seu cérebro”. Karl Marx

(Questão 14) “O trabalho dignifica o homem” X “O trabalho escraviza o homem”. Interprete essa contradição.

(Questão 15) É o celular, o tênis de marca, o carro de luxo que definem a nossa essência? Se não, o que define, então?

(Questão 16) O conceito de cultura tal qual os antropólogos e sociólogos a definem tem se tornado uma das pedras fundamentais das ciências sociais. (KROEBER, L. & KLLUCKHOHN, Clyde. A critical Review of concepts anda definitions. Nova York: Vintage Books, 1963.)
De acordo com a noção presente de cultura, assinale a definição correta deste termo entre as alternativas a seguir:
(A) A maneira de acumular o máximo de informações sobre as artes plásticas e literatura, especialmente europeia.
(B) Elementos inatos no ser humano, que o equipam para a vida em sociedade desde o nascimento.
(C) A totalidade dos padrões de comportamento, pensamento e as tradições de um determinado povo.
(D) Aquisição de maneiras civilizadas que representam a maturidade do homem.
(E) Adequação do indivíduo ao viver urbano em grandes cidades.

(Questão 17) O distingue o ser humano dos demais animais?


segunda-feira, 13 de abril de 2015

Aulas de Filosofia: Ser humano - Trabalho, consumo e alienação

Olá! Aos poucos tenho feito meus planos de aula de Filosofia para o Ensino médio  e este trata do tópico Ser Humano - Trabalho, consumo e alienação. Espero que gostem!

Aula de Filosofia – Alienação
Professor(a): 
Conteúdo: Alienação – Trabalho alienado
Trabalho
A palavra trabalho vem do latim tripalium que é o nome de um instrumento feito de três paus para tortura. Existem duas acepções de trabalho, a primeira, positiva divulgada pelo filósofo alemão Hegel (1770), ele afirmava que somente pelo trabalho o ser humano consegue colocar suas potencialidades nos objetos por ele criados., ou seja, o trabalho poderia promover a realização da pessoa, a edificação da cultura e a solidariedade. A segunda acepção, se origina nas sociedades capitalistas. Para o filósofo Karl Marx (1818), o trabalho possui um papel negativo pois deixa de servir ao bem comum, sendo utilizado para o enriquecimento apenas de alguns.
Alienação
A palavra alienação vem do latim alienare, que significa “tornar algo alheio a alguém”, ou seja, “torna algo pertencente a outro”. Na concepção filosófica contemporânea quer dizer um processo pelo qual os atos de uma pessoa são influenciados por outros, em uma posição inferior e contrária a quem o influencia. Nesta acepção, a palavra deve seu uso ao filósofo Karl Marx.
Marx identificou dois momentos distintos de alienação, o primeiro consiste o da objetivação, que se refere à capacidade da pessoa se objetivar, ou seja, de se exteriorizar nos objetos e nas coisas que ele cria. O segundo momento é aquele em que o indivíduo principalmente no capitalismo, após transferir suas potencialidades aos seus produtos deixa de identifica-los como sua obra. Ou seja, os produtos não são pertencentes a quem os produziu, mas tornam-se “estranhos” a eles, tanto no plano econômico, como no psicológico e no social.
Na nossa sociedade o processo de alienação atinge múltiplos campos da vida humana, invadindo as relações das pessoas com o trabalho, lazer, consumo, seus semelhantes e consigo mesmo. Abaixo encontra-se especificado a alienação do trabalho.
Alienação do trabalho


Na nossa sociedade a produção econômica transformou-se no objetivo imposto às pessoas, quer dizer, não são as pessoas o objetivo da produção, mas a produção em si. Esse processo acentuou-se no século XIX quando o trabalho nas indústrias tornou-se rotineiro, automatizado e especializado, subdividido em múltiplas operações, pois se visava economizar tempo e aumentar a produtividade.
A forma de organização do trabalho em linhas de operação e montagem, aperfeiçoada posteriormente pelo economista Frederick Taylor, ficou conhecida como “taylorismo”, a sua consequência é que a fragmentação do trabalho conduz uma fragmentação do saber, uma vez que o trabalhador perde a noção de conjunto do processo produtivo.
Essa forma de organização do trabalho conduz ao trabalho alienado e ainda pode ser observado em muitas indústrias, onde o operário é restringido ao cumprimento de ordens relativas a qualidade e quantidades da produção. O trabalhador não pode decidir sobre o resultado final, repete sempre as mesmas operações mecânicas produz bens estranhos a sua pessoa, aos seus desejos e as suas necessidades.
O trabalhador é submetido a um sistema que comumente não lhe permite desfrutar financeiramente de sua própria atividade. Dessa forma, a meta é produzir para satisfazer as necessidades do mercado não propriamente à do trabalhador. Fabricam-se para uma elite econômica enquanto o trabalhador mantém-se miseravelmente.
O trabalho alienado costuma ser marcado pelo desprazer, pela exploração e embrutecimento do trabalhador. Em Manuscrito econômico-filosóficos, Marx descreve este processo:
Primeiramente, o trabalho alienado se apresenta como algo externo ao trabalhador, algo que não faz parte de sua personalidade. Assim, o trabalhador não se realiza em seu trabalho, mas nega-se a si mesmo. Permanece no local de trabalho com uma sensação de sofrimento em vez de bem estar, com um sentimento de bloqueio de suas energias físicas e mentais que provoca cansaço físico e depressão. Nessa situação, o trabalhador só se sente feliz em seus dias de folga enquanto no trabalhado permanece aborrecido. Seu trabalho não é voluntario, mas imposto e forçado.
O caráter alienado desse trabalho é facilmente atestado pelo fato de ser evitado como uma praga; só é realizado à base de imposição. Afinal, o trabalho alienado é um trabalho de sacrifício, de mortificação. È um trabalho que não pertence ao trabalhador, mas sim à outra pessoa que dirige a produção. (MARX, 1989, p. 23).
Na alienação o ser humano perde sua individualidade, transforma-se em mercadoria, sente-se como uma “coisa”, que só alcançará sucesso no “mercado das personalidades” (COTRIM, 2010, p. 147)! Cada pessoa vê a outra segundo critérios e valores definidos por esse mercado.

REFERÊNCIAS:
COTRIM, Gilberto; FERNANDES, Mirna. Fundamentos de Filosofia. São Paulo: Saraiva, 2010.
MARX, Karl. Manuscritos econômico-filosóficos. Lisboa: Edições 70, 1989.

Aula de Filosofia – Alienação 2
Professor(a): 
Conteúdo: Consumo e Lazer Alienado


Celular, computador, TV + sorvete, pipoca, chocolate e refrigerante, quem não gosta? Você já se perguntou de onde vem as coisas que compramos e pra onde vão quando nos desfazemos dela? Observe o esquema abaixo:

(Matéria-prima)                (poluição)                     (Distribuição)              (Consumo)        (tratamento?)
NATUREZA ------------ FÁBRICAS ------------- COMÉRCIO ------------ CASAS --------------- LIXO
(Extração)                        (Produção) 

Em primeiro lugar, neste sistema parece que está tudo bem, sem problemas. Mas na verdade é um sistema em crise, porque trata-se de um sistema linear e nós vivemos num planeta finito, sendo assim, devemos investigar mais atentamente.
Como podemos definir o termo consumo? Consumir significa utilizar, dar fim a algo, para alcançar determinado objetivo. Então, consumir é participar de um patrimônio construído pela sociedade. Assim, além de atender às necessidades individuais, o consumo expressaria também a forma pela qual o indivíduo está integrado à sociedade. O consumidor alienado age como se a felicidade consistisse, apenas, numa questão de poder sobre as coisas, ignorando o prazer obtido com aquilo que verdadeiramente ama. O consumo deixa de ser um meio de expressão do prazer pessoal e se transforma num fim em si mesmo. Torna-se um ato obsessivo alimentado pelo apetite de novidade e distinção social.
“Quanto mais intensa é a preocupação do indivíduo com o poder sobre as coisas, mais as coisas o dominarão, mais lhe faltarão traços individuais genuínos.” Max Horkheimer (1885)

O lazer alienado



A indústria cultural e de diversão vende peças de teatro, filmes, livros, shows, jornais e revistas como qualquer outra mercadoria. E o consumidor alienado compra seu lazer da mesma maneira como compra seu sabonete. Consome os “filmes da moda” e frequenta os “lugares badalados” sem um envolvimento autêntico com o que faz.

EXERCÍCIOS

1. O que você entendeu sobre este trecho do poema “Eu, etiqueta”, de Carlos Drummond de Andrade:
Estou, estou na moda
É doce estar na moda, ainda que a moda
Seja negar minha identidade,
Trocá-la por mil, açambarcando
Todas as marcas registradas,
Todos os logotipos do mercado.

2. ”O trabalho dignifica o homem” X “O trabalho escraviza o homem”. Interprete essa contradição.

3. Que papel tem a propaganda no processo de alienação?

4. Considerando os exemplos da sua vida cotidiana, explique como o processo de alienação afeta o indivíduo:
a) em sua relação consigo mesmo;
b) em sua forma de consumir;
c) em seu jeito de descansar e se entreter;
d) em sua maneira de relacionar com outras pessoas.

*Você poderá passar este tópico para seus alunos da forma que achar melhor, eu sempre trabalho citações, trechos de textos filosóficos, vídeos e e imagens.

Planejamento Anual de Filosofia para o Ensino Médio - 2015

Planejamento Anual 
Professor:                                                                                                                               
Disciplina: Filosofia                        Período/Turma: 2015/1º, 2º e 3º ano do Ensino Médio           
nº de aulas semanais: 1                                              Total de aulas no período:

TÓPICO/HABILIDADE
(Conteúdo)

DETALHAMENTO DA HABILIDADE
(Objetivos)
ATIVIDADES
(Recursos)
AVALIAÇÃO
PERÍODO
(Bimestre)
1º ANO – Ser Humano (Cultura e Natureza); - Ser Humano (Técnica, trabalho, consumo, alienação e arte) – temas complementares; - Ser Humano (Corpo e psiquismo); Agir e Poder (Cidadania e Direitos Humanos) - Agir e Poder (Felicidade e Estética) – temas complementares.
Distinguir as noções de natureza e de cultura; - analisar os conceitos de técnica, arte, trabalho, consumo e alienação na história da filosofia e na atualidade; - relacionar os conceitos de trabalho e consumo alienado; discutir sobre alienação na atualidade; - discutir as relações entre racionalidade e desejo; - discutir a relação entre mente e cérebro; - Conhecer os direitos e deveres do cidadão; - Identificar a importância do conceito cidadania no convívio social; - Estudar os conceitos de estética, de beleza e felicidade.
Aula expositiva, diálogos sobre o conteúdo, atividades em grupo, leitura e analise de textos filosóficos e de diferentes estruturas, exibições de filmes e vídeos.
Trabalhos em sala de aula (em grupo ou individual), exercícios no caderno, participação e testes avaliativos.

1º, 2º, 3º e 4º bimestre de 2015.
2º ANO – Agir e Poder (os valores: a) ser e dever ser b) Fatos e Valores c) universalidade e relatividade dos valores d) Bem e mal; - Liberdade e determinismo; - Ser Humano (Corpo e psiquismo); - Indivíduo e comunidade: a) conflito b) lei e justiça; Agir e Poder (Felicidade e Estética) – temas complementares.
- Identificar ideias presentes entre as esferas dos fatos e dos valores; - reconhecer que o agir humano é de natureza valorativa; - compreender aspectos da diversidade cultural;- confrontar as posições universalistas e relativistas em relação aos valores; - compreender a analisar o conceito de liberdade e sua relação com o de determinismo; - compreender que a liberdade humana se exerce em meio a determinações; - discutir as relações entre racionalidade e desejo; - discutir a relação entre mente e cérebro;- delimitar as esferas do indivíduo, do social e do político; - compreender os diferentes conceitos de lei, justiça, direitos e deveres, etc; - Estudar os conceitos de estética, de beleza e felicidade.
Aula expositiva, diálogos sobre o conteúdo, atividades em grupo, leitura e analise de textos filosóficos e de diferentes estruturas, exibições de filmes, músicas e vídeos.
Trabalhos em sala de aula (em grupo ou individual), exercícios no caderno, participação e testes avaliativos.

1º 2º, 3º e 4º bimestre de 2015.
3º ANO – Conhecer (verdade e validade, indução e dedução, teoria dos conjuntos; - Tipos de conhecimento a) a emergência da filosofia b) filosofia e outros saberes); - a racionalidade cientifica; - ética e ciência; Ser Humano (Corpo e psiquismo); Agir e Poder (Cidadania e Direitos Humanos).
Estudar as noções de lógica, proposição, juízo, raciocínio, argumento a partir da distinção validade/verdade; - distinguir argumentos dedutivos de indutivos; - identificar a forma lógica e aplica-la na teoria dos conjuntos; - contextualizar o surgimento da filosofia; - caracterizar o filosofar como experiência existencial, relacionar mito e filosofia; - distinguir e relacionar filosofia, religião, ciência, arte e senso comum; - relacionar conhecimento empírico e inteligível; - discutir as relações entre racionalidade e desejo; - discutir a relação entre mente e cérebro; - Conhecer os direitos e deveres do cidadão; - Identificar a importância do conceito cidadania no convívio social;
Aula expositiva, diálogos sobre o conteúdo, atividades em grupo, leitura e analise de textos filosóficos e de diferentes estruturas, exibições de filmes, músicas e vídeos.
Trabalhos em sala de aula (em grupo ou individual), exercícios no caderno, participação e testes avaliativos.

1º, 2º, 3º e 4º bimestre de 2015.


Lembrando que este é um currículo básico que irá ser trabalhado durante o ano, mas ainda poderá ser complementado, reorganizado e adaptado a diversos projetos e conteúdos. 

 * O tópico Ser humano (Corpo e psiquismo) se repete nos três anos, por ainda não ter sido trabalhado em nenhuma das turmas.

Referências:

- CBC. Conteúdo Básico Comum. Autores: BIRCHAL, Telma; KAUARK, Patrícia; MARQUES, Marcelo. Governo do Estado de Minas Gerais, Secretaria de Estado de Educação. Disponível em: <http://crv.educacao.mg.gov.br>. Acesso em: 01 de outubro de 2013.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Devaneio nº 28





Aulas de Filosofia: Estética - Atividade com o texto de David Hume

“É DEMASIADO óbvia para deixar de ser notada por todos a extrema variedade de gostos que há no mundo, assim como por todos as opiniões. Mesmo os homens de parcos conhecimentos são capazes de notar as diferenças de gosto dentro do estreito círculo de suas relações , inclusive  entre pessoas que foram educadas sob o mesmo governo e em quem desde cedo foram inculcados os mesmos preconceitos”.[...]  “ A  beleza não é  uma qualidade das próprias coisas, existe apenas no espírito que contempla, e cada espírito percebe uma beleza diferente.É  possível até uma pessoa encontrar deformidade onde uma outra vê apenas beleza, e todo indivíduo deve aquiescer a seu próprio sentimento, sem ter a pretensão de regular o dos outros. Procurar estabelecer uma beleza real, ou uma deformidade real, é uma investigação tão infrutífera como procurar uma doçura real ou amargo real”.[...] “ Portanto, podemos aqui aplicar as regras gerais da beleza, pois elas são tiradas de modelos estabelecidos e da observação do que agrada ou desagrada, quando apresentado isoladamente e em alto grau.Se as mesmas qualidades, numa composição contínua e em menor grau, não afetam os órgãos com um sensível deleite ou desagrado, excluímos, a pessoa de toda pretensão a esta delicadeza”.    

FLORIDO, Janice (Coord). Hume. Nova Cultural: São Paulo, 1999. Coleção Os pensadores.

EXERCÍCIOS
1. Qual o tema do texto?

2. Escreva com suas palavras o que você entendeu do texto.

3. Segundo David Hume, é possível estabelecer um padrão universal de beleza? Por que?

Aulas de Filosofia: Estética - Atividade com o texto Eco e Narciso

ATIVIDADE FILOSÓFICA

Leia com atenção o texto abaixo e depois responda às questões:



ECO e NARCISO



Eco era o nome de uma ninfa muito tagarela, que conversava muito e sem pensar. Não conseguia ouvir em silêncio quando alguém estava falando. Sempre se intrometia e interrompia, nem que fosse para concordar e repetir o que o outro dizia. Um dia, fez isso com a ciumenta deusa Juno, quando ela andava pelos bosques furiosa, procurando o marido Júpiter, que brincava com as ninfas. A tagarelice de Eco atrasou a poderosa Juno, que resolveu:
- De agora em diante, sua língua só vai servir para o mínimo possível.
E a partir desse dia, a coitada da Eco só podia mesmo repetir as últimas palavras do que alguém dissesse. [...]
Por isso, algum tempo depois, quando ela viu um rapaz belíssimo e se apaixonou por ele, tratou de ir atrás sem dizer nada, em silêncio. Esse rapaz se chamava Narciso e dizem que foi o homem mais bonito e deslumbrante que já existiu. Todo mundo se enamorava dele, que nem ligava.
Eco ficou louca por Narciso e o seguia por toda parte. Bem que tinha vontade de se aproximar e confessar seu amor, mas não tinha mais sua própria fala... [...] Só lhe restava ficar escondida, por perto, esperando que ele dissesse alguma coisa que ela pudesse repetir.
Um dia, o belo Narciso estava passeando no bosque com uns amigos, mas se perdeu do grupo e não conseguiu encontrá-los. Começou a chamar:
- Tem alguém aqui?
Era a chance da ninfa! E ela logo respondeu, ainda escondida:
- Aqui! Aqui!
Espantado, Narciso olhou em volta e não viu ninguém. Chamou:
- Vem cá!
Ela repetiu:
- Vem cá! Vem cá!
[...]
O rapaz não desistiu:
- Vamos nos encontrar...
Toda feliz, Eco saiu do meio das árvores e correu para abraçá-lo repetindo:
- Vamos nos encontrar...
Mas ele fugiu dela, gritando:
- Pare com isso! Prefiro morrer a deixar que você me toque!
A pobre Eco só podia repetir:
- Que você me toque... que você me toque...
E saiu correndo, triste e envergonhada, para se esconder no fundo de uma caverna. Sofreu tanto com essa dor de amor, que foi emagrecendo, definhando, até perder o corpo, desaparecer por completo e ficar reduzida apenas a uma voz, repetindo as palavras dos outros – isso que nós chamamos de eco.
Narciso continuou sua vida, sempre da mesma maneira. Sem ligar para ninguém, nunca se importando com os outros, brincando com o sentimento alheio. Até que alguém, que ele fez sofrer muito, rezou para Nêmesis, a deusa do Destino, e pediu:
- Que ele possa amar alguém tanto como nós o amamos! E que também seja impossível que ele conquiste seu amor!
Nêmesis ouviu essa oração. Achou que era justa e resolveu atender ao pedido.
Havia no fundo do bosque um laguinho de águas cristalinas e tranquilas, onde nunca vinha um animal beber água e não caíam folhas ou galhos secos – um verdadeiro espelho. Era cercado por uma grama verdinha e macia, e muito fresco. Um lugar gostosíssimo. Um dia, no meio de uma caçada, Narciso passou por ali. Com sede resolveu tomar um pouco d´água. Deitando na margem, com a cabeça debruçada sobre o lago, ficou encantado pelo belíssimo reflexo que via. Nunca tinha se visto num espelho e não sabia que era a sua própria imagem. Mas imediatamente se apaixonou, maravilhado por tanta beleza. Ficou ali parado, contemplando aquele rosto mais bonito do que jamais vira. [...]
Os amigos apareceram para procurá-lo, mas ele não deu atenção. Chamaram-no para ir embora, mas ele ficou. Olhando o reflexo no lago. [...]
Muito tempo Narciso ficou ali, sem comer nem dormir, admirando aquele ser por quem estava tão apaixonado. Chorou – e suas lágrimas caíram sobre a imagem, que chorava com ele, e ficou turva.
- Ai de mim! – gemia ele.
A única resposta que tinha era de Eco, sempre escondida:
- Ai de mim!
Desinteressado de tudo, cada vez mais fascinado por si mesmo, foi definhando. Ao perceber que ia morrer, suspirou:
- Adeus!
Fechou os olhos, deixou cair a cabeça sobre a grama. Na água, o rosto sumiu. Só Eco respondeu:
- Adeus!
Mais tarde, os amigos voltaram. Mas já o encontraram morto. Prepararam tudo para o funeral, mas, quando vieram pegar o corpo, não estava mais lá. Em seu lugar nascera uma flor perfumada e linda, com uma estrela de pétalas brancas em volta de um miolo amarelo. Para sempre chamada de narciso.

Mito de Narciso. Disponível em: Acesso em: 19 março. 2013.

EXERCÍCIOS


1) Os mitos tinham como objetivo explicar algum fenômeno natural. No caso da história de Eco e Narciso isso ocorre? Explique.



2) Levante cinco questões que vocês acreditam serem importantes sobre o mito.



3) O mito de Narciso tornou-se tão conhecido que até hoje se usa o adjetivo narcisista. Lembrando-se da história, explique o que esse adjetivo quer dizer.


Aulas de Filosofia: Projeto de Estética - Fotografia e Filosofia

Este foi o trabalho final sobre estética filosófica desenvolvido pelos estudantes do 2º ano eja. O trabalho visava levar o estudante a captar o belo de seu ambiente escolar através de fotografias.